O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a prisão preventiva de Antonio Claudio Alves Ferreira. Ele foi filmado dentro do Palácio do Planalto durante os atos de 8 de janeiro derrubando um relógio do século XVII que foi trazido ao Brasil por Dom João VI.

Conforme a decisão, de 17 de julho, não houve mudança que justificasse a revogação da medida. Moraes disse ser “patente a necessidade de garantia da ordem pública, evidenciada pelo somatório das penas decorrentes das imputações formuladas em desfavor do réu que, se aplicadas em grau máximo, podem totalizar 30 anos de reclusão”.

Segundo Moraes, a restrição da liberdade do acusado é “medida imprescindível também para a identificação das demais pessoas que participaram dos atos criminosos ocorridos na Esplanada dos Ministérios em 8/1/2023, de eventuais grupos e/ou redes sociais nas quais houve convocação, disseminação e fomento a tais práticas, e, principalmente, dos financiadores da participação do denunciado e demais acusados nos atos terroristas, considerando que ainda há diligências investigativas em curso”.

Preso em Uberlândia (MG) no final de janeiro, Ferreira se tornou réu no STF pela participação nos ataques que culminaram com a depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Ele foi investigado no inquérito que apura os suspeitos de execução dos ataques de 8 de janeiro.

A Corte aceitou no final de junho a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão disse na acusação que ele foi responsável por “danificar um relógio histórico, trazido ao Brasil por D. João VI em 1808”.

Ferreira ficou em silêncio em depoimento à Polícia Federa (PF) após ser preso.

Ele residia em Catalão, cidade do interior de Goiás, antes de cometer o crime no Palácio do Planalto. O vândalo foi filmado depredando o relógio pelo sistema de câmeras internas da sede da Presidência da República.

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