Devido à seca extrema que assola os municípios do Amazonas, a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Adaf) prorrogou o prazo para a vacinação de bezerras, bovinas e bubalinas, na faixa etária de 3 a 8 meses, contra a brucelose. A segunda etapa da campanha de vacinação, que encerraria, neste sábado (30/11), será estendida até o dia 15 de dezembro, prazo limite para que produtores também comuniquem a realização do procedimento junto à autarquia.
A prorrogação dos prazos será publicada na próxima edição do Diário Oficial do Estado (DOE-AM). Os pecuaristas que tenham animais aptos à vacinação devem procurar um médico veterinário ou auxiliar cadastrados junto à Adaf, para que realizem a aplicação da vacina.
Por conta da produção a partir de bactéria atenuada, apenas profissionais habilitados têm autorização para manipular o imunizante, evitando contaminações. As propriedades que não possuem fêmeas em seu rebanho devem declarar a ausência desses animais.
Para comunicar a imunização, basta o produtor apresentar o atestado de vacinação e a nota fiscal do imunizante, no escritório da autarquia onde a propriedade está cadastrada.
A vacinação das fêmeas bovinas e bubalinas com a vacina B19 é uma estratégia voltada a manter os rebanhos livres da doença, que é causada por uma bactéria e pode afetar diversas espécies, além de ser transmitida a humanos. A contaminação pode ocorrer tanto pelo contato direto com animais infectados e suas secreções, como pela ingestão de leite cru e queijo oriundos de leite não pasteurizado.
Os principais sintomas da brucelose em animais estão relacionados à reprodução: aborto no fim da gestação, nascimento de crias fracas, retenção de placenta, artrite e dificuldade para caminhar. Nos machos, ela pode causar artrites, inchaço nos testículos (orquite) e infertilidade.
Em humanos a doença pode causar febre, sudorese noturna, cansaço, fraqueza, calafrios, dor de cabeça e nas articulações, perda de apetite e de peso, inflamação nos testículos e infertilidade. Em grávidas, a infecção aumenta o risco de aborto, especialmente até o segundo trimestre.
FOTO: Divulgação/Adaf