Com 24 ambulâncias novas e totalmente equipadas para os atendimentos de urgência e emergência, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) quer reduzir pela metade o tempo de respostas aos chamados da população. Hoje, são aproximadamente 150 atendimentos/dia que vinham sendo realizados pelas 14 ambulâncias em operação. Com a entrada da nova frota, os veículos mais antigos poderão entrar em rodízio para uma rigorosa manutenção.
Os veículos foram entregues nesta quinta-feira, 1º/8, pelo prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, em solenidade realizada no estacionamento do shopping Phelippe Daou, na confluência das zonas Leste e Norte da cidade. As ambulâncias foram doadas pelo Ministério da Saúde à Prefeitura de Manaus. “É a maior entrega de ambulância de todos os tempos. Nós temos uma frota hoje respeitável, que vai ajudar a desestressar os ‘samuzeiros’, que vão poder atender efetivamente mais pessoas, vão salvar mais vidas, vão cumprir esse belíssimo trabalho, que me enternece, que mexe no meu coração, esse trabalho dos ‘samuzeiros’”, disse Arthur.
As ambulâncias são frutos de um acordo feito entre a Prefeitura de Manaus e o Ministério da Saúde. “Essa é uma vitória, uma conquista que tivemos com o ministro Luiz Mandetta, da Saúde, a quem eu agradeço muito pela palavra cumprida. Ele está nos devendo mais oito ambulâncias, que diz que mandará em algum momento deste segundo semestre. E vamos colocar brilhando as 14 que já tínhamos, então vamos trabalhar com um número de ambulâncias perto do ótimo, para salvarmos o máximo de vidas”, afirmou.
Com as novas ambulâncias, o Samu espera reduzir pela metade o tempo de resposta, ou seja, o tempo desde a identificação da chamada e da necessidade de ambulância, até chegar à vítima em urgência ou emergência. “Vai melhorar muito o serviço prestado pelo Samu, o ambiente de trabalho. São aproximadamente 150 atendimentos por dia, mas, com isso, a gente dobra a nossa frota e reduz pela metade o tempo de resposta, então é muito importante essa ação de hoje, para melhorar todo o atendimento à cidade de Manaus”, disse o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi.
De acordo com o diretor do Samu, Rui Abrahim, hoje o Samu recebe em média mil chamadas/dia. Mais de 20% dessas chamadas – aproximadamente 200/dia – são trotes. Entre 50% e 60% são chamadas que não se enquadram em atendimento por ambulância e outras recebem orientação por telefone. “Dessas mil chamadas, o Samu atende, efetivamente, em torno de 150/dia”, explica o diretor. “A população precisa entender que ambulância é para caso de urgência e emergência, existem situações que a pessoa precisa, sim, de atendimento médico, mas não precisa de ambulância. “Samu não é transporte, é para atender urgência e emergência”, explicou.
Para fazer o crivo dessas chamadas, existe na base do Samu o médico regulador, 24 horas, para fazer a triagem de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde.
A chegada das ambulâncias foi comemorada pelos trabalhadores do Samu, chamados carinhosamente pela população de “samuzeiros”. “Mais agilidade, mais tranquilidade, mais segurança. Com certeza a população será melhor atendida”, disse o condutor socorrista Manuel Araújo. “O nosso tempo resposta vai ser muito maior, com maior qualidade, vamos chegar mais rápido e fazer o nosso trabalho, que é salvar vidas”, comemorou a técnica de enfermagem Cíntia Martins.
UBS Móvel
Durante a solenidade o prefeito de Manaus anunciou que só está aguardado os últimos detalhes para lançar o processo de licitação para trazer um novo serviço de saúde à cidade. Trata-se da UBS Móvel, que é uma evolução da Carreta da Saúde, e que funcionará em ônibus adaptado com todos os serviços de uma UBS convencional. “Com isso, ao invés da população ir atrás da UBS, a UBS é que irá atrás da população”, afirmou o prefeito, informando ainda que a mobilidade é única semelhança com o antigo projeto, que funcionava em uma carreta e com recursos totalmente da Prefeitura de Manaus. “Nesse nosso serviço, vamos trabalhar com recursos do SUS (Sistema Único de Saúde)”, disse o prefeito.
O prefeito disse ainda que vai ligar para o ministro da Economia, Paulo Guedes, para pedir que ele flexibilize os cortes do governo, deixando a salvo os recursos para compras de remédios utilizados por pacientes crônicos como diabéticos e portadores de HIV. “Daqui a pouco vai estourar a bolha da insulina. Vai começar a faltar em todas as unidades. E o que vai acontecer com as pessoas que dependem desse medicamento?”, questionou.
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Texto – Jacira Oliveira/Semcom
Fotos – Alex Pazuello/Semcom