O Palácio do Planalto decidiu avançar com cautela nas negociações para substituir o agora ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida.

De acordo com líderes próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma das preocupações é evitar que a troca de comando na Pasta acabe aumentando a tensão na base por uma reforma ampla na Esplanada dos Ministérios.

Por ter menor visibilidade e orçamento limitado, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania não costuma figurar como grande foco de cobiça entre partidos da base.

Ainda assim, a tese é que um eventual ampliação da fatia do PT na Esplanada sirva de justificativa para alimentar pressões por cargos estratégicos. Um posto que costuma entrar na mira de aliados é o Ministério da Saúde, hoje comandado por Nísia Trindade.

Desde a última sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem recebendo indicações de diferentes alas do partido para substituir Silvio Almeida.

Neste momento, uma das favoritas para a vaga é Macaé Evaristo, ligada ao PT de Minas Gerais. Mas outras opções ganharam força na bolsa de apostas nas últimas horas, como é o caso de Edilene Lôbo, hoje ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Lula chegou a cogitar uma reformulação da Esplanada em janeiro deste ano e, posteriormente, em junho. Mas o próprio presidente desautorizou as articulações.

O objetivo era aguardar o fim do processo eleitoral e casar a reforma com a escolha do novo comando do Congresso Nacional, com o objetivo de assegurar uma melhor governabilidade na segunda metade do mandato.

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