Com o intuito de preservar, conservar e armazenar o patrimônio histórico e arqueológico encontrados em áreas de intervenção do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), foi firmado, nesta terça-feira (16/07), um termo de cooperação técnica entre a Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) e a Secretaria de Estado de Cultura (SEC). O termo prevê a liberação de recursos na ordem de R$ 3,4 milhões, oriundos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O termo de cooperação técnica vai também abranger a aquisição de mobiliário, veículos, equipamentos e capacitação de recursos humanos. Cada etapa de intervenção do Prosamim descobriu uma quantidade de sítios arqueológicos pré-coloniais e históricos. Ao longo desse processo, as descobertas foram encaminhadas à SEC, que direcionou os materiais à Reserva Técnica do Laboratório de Arqueologia Alfredo Mendonça, localizado no Palacete Provincial, Centro.
“O termo de cooperação técnica firmado é um reconhecimento do Prosamim a todo o trabalho que já é realizado pela Secretaria de Cultura. Por meio dessa cooperação, a SEC irá poder modernizar seus equipamentos, dar melhores condições de trabalho e estreitar o intercâmbio com a UGPE e a Secretaria de Estado de Infraestrutura, oferecendo treinamentos e cursos sobre a retirada desse material arqueológico, assim como permitir que o processo de licenciamento como um todo seja aprendido por toda a equipe técnica do Prosamim”, afirmou o coordenador executivo da UGPE, Marcellus Campêlo.
O secretario de Cultura, Marcos Apolo Muniz, afirma que o termo de cooperação vai possibilitar melhorias da infraestrutura da secretaria, seja no recebimento ou armazenamento dos materiais arqueológicos. “A Secretaria de Cultura agradece o reconhecimento do Prosamim e da UGPE sobre o trabalho que já é realizado, porque possibilitará o aprimoramento dos procedimentos de recebimento, manutenção e armazenamento desses materiais”.
A SEC administra os Parques Rio Negro e Senador Jefferson Péres, e conserva a cultura material e os achados arqueológicos descobertos durante as obras do Prosamim. A pasta dá apoio institucional a todas as obras do Prosamim, incluindo acompanhamento no caso de haver algum achado arqueológico, uma vez que o salvamento desses materiais obedece a metodologia específica para posterior identificação e conservação.
Demandas atendidas – Diante do volume de artefatos já encontrados nas áreas de intervenção do programa, faz-se necessário um aporte maior na conservação desses materiais, tendo em vista novas áreas de intervenção do programa que já estão sendo executadas e outras que já estão sendo licitadas, conforme explica o engenheiro florestal da UGPE, Otacílio Junior.
“Observando o volume de artefatos históricos encontrados nas primeiras fases do Prosamim e do ProsaiMaués, estima-se que o número dessas descobertas tende a aumentar, visto que o programa está sendo expandido para outros municípios do estado, exigindo assim uma maior estrutura física e execução de atividades”.
FOTO: Tiago Corrêa/UGPE