O oficial de Justiça Raimundo José Ribeiro Bonfim foi agredido com socos por um homem que se apresentou como advogado, de nome Richard Regimar, que o abordou em uma via do bairro Cidade Nova, na zona Norte de Manaus, quando tentava recuperar um veículo modelo Honda Fit, cuja proprietária não estava mais pagando as parcelas do financiamento. O fato ocorreu no final da tarde de ontem e gerou nota de repúdio do Sindicato dos Trabalhadores da Justiça do Estado do Amazonas (Sintjam).
O oficial de Justiça cumpria mandado de busca e apreensão acompanhado de um funcionário do banco autor da ação, para confiscar um carro. Por determinação legal, o servidor do Poder Judiciário deveria apreender o veículo de Edna Viana da Silva e entregá-lo ao funcionário do banco, que levaria o bem para a instituição bancária.
No exercício da atribuição pública, o Oficial de Justiça tentou cumprir a ordem judicial, mas foi impedido pela filha da proprietária, Marley Viana da Silva, que dirigia o veículo. Além de desrespeitar a determinação de entregar o carro, a mulher ligou para um homem que foi até o local, se apresentou como advogado Richard e agrediu com socos tanto o funcionário do banco quanto o Oficial de Justiça, como mostra a gravação feita por populares.
O casal evadiu-se do local levando o patrimônio. A agressão foi registrada no 6° Distrito Integrado de Polícia (DIP) e o oficial de Justiça se submeteu a exame de corpo de delito.
Na próxima segunda-feira (20 de julho), o advogado do Sintjam entrará com representação junto à Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Amazonas (OAB-AM), contra Richard Regimar pelo comportamento agressivo e criminoso contra um servidor público no exercício de sua função, que é amparada por lei.
“O Sintjam lamenta que o servidor do Tribunal de Justiça do Amazonas, juntamente com o funcionário do banco, tenham sido covardemente agredidos e impedidos de exercer o seu papel. A entidade representativa da categoria irá pedir a punição rigorosa do agressor, que feriu o corpo e dilacerou o direito. Opor-se ao Oficial de Justiça, no exercício da função, significa contrariar a própria justiça. Quem não cumpre a lei, provoca o caos social, que rotineiramente leva a barbárie e violência contra inocentes”, diz a nota da entidade.