A Prefeitura de Manaus vai atuar, junto com o Exército brasileiro, no combate à depressão e ao suicídio, com uma extensa programação no mês de setembro, incluído no Calendário Oficial do Município pela Lei 2.434/2019, sancionada pelo prefeito Arthur Virgílio Neto, no início de julho. O acerto para que o trabalho seja desenvolvido em parceria foi feito nesta quarta-feira, 10/7, em reunião entre o prefeito e o comandante da 12ª Região Militar, general Carlos Teixeira, na sede da Prefeitura de Manaus, zona Oeste.
O prefeito Arthur Neto já determinou que o Fundo Manaus Solidária, presidido pela primeira-dama Elisabeth Valeiko Ribeiro, e as secretarias municipais da Saúde (Semsa), da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) e de Educação (Semed) se articulem para planejar, definir e executar as ações para levar à população informações tanto para pessoas que sofrem de depressão como para a população em geral, que possam gerar a prevenção, o tratamento e, finalmente, evitar o suicídio.
“Há uma preocupação muito grande nossa com a depressão, que é uma doença que antigamente chamavam de melancolia. Esse é um assunto muito sério, é uma doença que vai maltratando a pessoa até matá-la, para a vida, para o trabalho, para a alegria. E recebemos com muito entusiasmo essa proposta do general Carlos Teixeira para juntarmos forças e para fazermos um belo mês amarelo, dedicado à luta contra esse mal”, disse o prefeito Arthur Neto.
A 12ª Região Militar é responsável, dentro do Exército, por conduzir os programas de assistência social, sendo responsável por promover o “Setembro Amarelo”, um programa de valorização da vida. “O tema principal é esse e nós trabalhamos junto com a Associação Brasileira de Psiquiatria, trazendo informação para a população sobre a doença, que ela pode ser tratada e, com isso, a gente pode salvar muitas vidas”, disse o general.
O assunto, que ainda é tabu, vem despertando cada vez mais preocupação. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa se suicida no planeta e essa é a segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 e 29 anos de idade. A OMS também divulgou, no ano passado, relatório sobre ansiedade e depressão, apontando um crescimento de 18,4% nas ocorrências, atingindo aproximadamente 322 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, ainda de acordo com a OMS, 5,8% da população sofre de depressão, o maior índice da América Latina. O relatório aponta como principais causas do problema a pobreza, o desemprego, morte de um ente querido, ruptura de relacionamento, doenças e uso de álcool e de drogas.
Texto – Jacira Oliveira / Semcom
Foto – Alex Pazuello / Semcom