Uma vez por semana, durante o intervalo do recreio, alunos e professores da Escola Estadual Senador Manuel Severiano Nunes, zona centro-oeste de Manaus, participam de rodas de conversa para compartilhar emoções, experiências pessoais e interesses profissionais. Nesta quarta-feira (15/05), o debate girou em torno do tema ‘Multiculturalismo: o processo de mestiçagem na sociedade brasileira numa perspectiva histórica e contemporânea’, em que os estudantes foram desafiados a dialogar sobre as diferenças culturais entre eles.

As rodas de conversa reúnem alunos de todas as turmas do Ensino Médio, que se propõem a discutir assuntos da atualidade por meio de dinâmicas pedagógicas. A iniciativa é conduzida pelas professoras de Artes, Débora Gimaque, e de Língua Portuguesa, Gheisa Brasil. 

A professora Gheisa ressaltou que o projeto contribui para o desenvolvimento da empatia no convívio social dos alunos e no processo de ensino-aprendizagem em sala de aula.

“Quando eu trabalho o respeito aqui na roda de conversa, eles [os alunos] vão levar [esse sentimento] para a sala de aula. Lá é bem diversificada a individualidade”, disse a professora.

A professora considera, ainda, que o projeto proporciona uma formação humanizada e faz renascer o respeito e a solidariedade entre os alunos. “A base da roda de conversa é o amor, onde um pode resgatar o amor pelo seu próximo. Hoje, as pessoas estão mais se amando e deixando de amar o próximo, de estender a mão, de servir, de ajudar, de colaborar, de ser empático e ser solidário”, disse Gheisa.

Momento de escuta

O projeto trabalha o acolhimento entre alunos de todas as turmas. As dinâmicas pedagógicas consistem em ações simbólicas, como distribuição de cartas com mensagens reflexivas e jogos de perguntas e respostas sobre a personalidade de cada participante. São atividades que permitem a interação entre os estudantes e o tema proposto. Para a aluna Daylla Ticyane da Silva Castro, 15, o encontro proporciona um momento de escuta.

“A gente usa muito essa parte do emocional, do falar como a gente se sente, da gente se expressar, a gente tem dinâmicas, então também tem essa parte da socialização”, ressaltou Daylla.

Já a aluna Anna Karoliny Ferreira, 15, aproveita os momentos de conversa para compartilhar ideias relacionadas ao futuro.  “Muitas das vezes quando chegamos a essa idade são essas as dúvidas que nos cercam, sobre quem nós somos, o que nós vamos fazer, o que nós vamos querer ter no futuro. São esses momentos em que eu paro e eu começo a refletir sobre o que eu espero para minha vida daqui a quem sabe, cinco anos”, disse Anna.

FOTO: Eduardo Cavalcante/Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

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