Polícia Federal deflagra operação ‘Fair Play’ em Manaus e outras três capitais

Em Manaus Concessionária da Land Rover/Mercedes/Jaguar e condomínio Residencial Ponta Negra são alvos da Polícia Federal

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Manaus/AM – A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira, 14/10, a
Operação Fair Play, para reprimir crimes contra o Sistema Financeiro Nacional,
contra a economia popular, lavagem de dinheiro e organização criminosa, apurados
no período de 2021 a 2022 e que ainda persistem. Ao todo, estão sendo cumpridos,
por aproximadamente 55 policiais federais, 07 mandados de prisão temporária e 18
ordens judiciais de busca e apreensão nas cidades de Manaus/AM, Boa Vista/RR,
Belém/PA e Natal/RN. Além dos mandados, foi determinado o bloqueio de bens e
valores das pessoas físicas e jurídicas investigadas, tal como o sequestro de bens
móveis e imóveis que, eventualmente, estejam em sua posse.
Após a instauração de Inquérito Policial para apurar os fatos, a Polícia Federal
confirmou que a empresa investigada busca atrair, em especial, servidores públicos
e aposentados. Ao longo das investigações, foi possível apurar que a empresa
investigada compunha grupo empresarial que atuaria nos mais diversos segmentos
comerciais, que envolviam desde à promoção de eventos a fim de divulgar suas
atividades, a exemplo da realização de shows com atrações nacionais na cidade de
Manaus/AM, campeonatos de pescaria, patrocínio de equipe de e-sports, até a
compra e venda de automóveis.
Vale ressaltar que a Polícia Federal constatou que, em um período de dois anos, o
grupo empresarial investigado movimentou, aproximadamente, R$ 156 milhões. Os
sócios e representantes, por sua vez, apresentaram evolução patrimonial meteórica,
enquanto ostentavam um alto padrão de vida em redes sociais, residindo em

condomínios de luxo, realizando viagens nacionais e internacionais e adquirindo
veículos e embarcações também de luxo.

Lotus Corporate é o alvo

Mais de 200 boletins de ocorrência foram registrados contra o grupo financeiro Lotus Corporate, em Manaus, segundo a Polícia Civil do Amazonas.

De acordo com as vítimas, como servidores públicos tinham facilidade de crédito para empréstimos, eles eram contatados pela Lotus, que oferecia uma proposta de investimento por meio do dinheiro emprestado pelo banco.

No contrato, os servidores faziam um empréstimo, repassavam o valor para Lótus e a empresa pagava uma comissão de até 12% para o cliente. Com isso, eles quitariam a dívida feita pelo servidor.

O contrato tinha durabilidade de um ano e mensalmente a Lótus pagava as parcelas, até pagar o valor total do empréstimo.

No entanto, em julho deste ano, os servidores começaram a receber cobranças dos bancos referente a parcelas em atraso.

O nome da operação é uma alusão à conduta ética exigida na prática de esportes,
que preza pela atuação em conformidade com as regras estabelecidas. Da mesma
forma, essa operação policial tem como objetivo revelar a atuação irregular de grupo
empresarial no ramo de investimentos financeiros, fornecendo aos órgãos de
controle e regulação subsídios para repressão administrativa, cível e penal.
Os crimes em apuração vão desde crimes contra o sistema financeiro, contra a
economia popular, lavagem de dinheiro a organização criminosa, dentre outros, cujas
penas máximas somadas ultrapassam 30 anos de prisão.

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