Indígena é preso por estupro de vulnerável praticado em aldeia

A vítima tinha 11 anos quando o crime foi cometido, a partir disso, passou a apresentar problemas psicológicos

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A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 80ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Beruri (a 173 quilômetros de Manaus), com o apoio da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), cumpriu, neste sábado (28/06), um mandado de prisão preventiva de um indígena de 62 anos, pelo crime de estupro de vulnerável, em uma aldeia localizada na zona rural do município.

Segundo a delegada Rosane Ferreira, da 80ª DIP, a denúncia foi realizada de forma anônima por uma pessoa que relatou ter observado que, há aproximadamente dois anos, uma adolescente indígena vinha apresentando problemas psicológicos como insônia, isolamento e tentativas de tirar a própria vida. E que, em razão de não ter observado melhora no quadro, mesmo após acompanhamento médico, a questionou se algo estava acontecendo.

“A adolescente, que hoje tem 14 anos, relatou que aos 11 anos foi abusada sexualmente por um vizinho da aldeia e que o fato teria acontecido à noite, nos fundos de uma igreja. Ela saiu do local por estar se sentindo mal e então ele a abordou por trás, levou-a ao chão, rasgou o vestido que ela usava e consumou o abuso”, explicou a delegada.

Conforme a autoridade policial, ela afirmou que guardava até hoje a roupa rasgada por ele e que, após esse fato, evitava sair sozinha e frequentar a igreja. Mesmo assim, ele passou a assediá-la quando a via, mandando beijos e fazendo gestos.

“Ela relatou também que uma outra adolescente contou às lideranças da aldeia que havia sido abusada por ele, mas não acreditaram. Então, ela deixou a comunidade. Em razão disso e do receio da família sofrer represálias na aldeia, a adolescente permaneceu em silêncio, mas vinha apresentando problemas psicológicos”, relatou Rosane Ferreira.

De acordo com a delegada, após a escuta da adolescente e ante a necessidade de assegurar a integridade física e psicológica da vítima e evitar interferência na investigação, dada a influência exercida pelo suspeito na comunidade indígena em questão, foi representada à Justiça pela prisão preventiva, que foi deferida e cumprida.

Ele responderá por estupro de vulnerável, passará por audiência de custódia e ficará à disposição do Poder Judiciário.

FOTO: Divulgação/PC-AM

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