Urologista alerta para doença capaz de levar a amputação do pênis

De acordo com o Ministério da Saúde, o país registrou mais de 22,2 mil internações e, em média, 585 casos de amputações do órgão por ano.

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O Papilomavírus Humano (HPV) é um vírus silencioso, mas devastador, associado ao aumento do risco de câncer no colo do útero e de câncer de pênis. A incidência desse tipo de câncer tem crescido em todo o Brasil e os médicos alertam para os riscos.

O urologista, Flávio Antunes, com vasta experiência na área em Manaus, destaca os riscos. “Embora o câncer de pênis seja menos comum do que outros tipos de câncer, suas consequências podem ser graves. Estima-se que, anualmente, cerca de 1.500 novos casos sejam diagnosticados no Brasil, e o HPV está diretamente relacionado a até 50% desses casos”, afirmou Dr. Antunes. Ele ressalta ainda que o câncer de pênis é frequentemente associado à falta de higiene e condições de saúde, mas que a infecção por HPV é um fator de risco significativo.

DADOS ALARMANTES

O câncer de pênis é um tipo de tumor que, apesar de ser raro, apresenta números preocupantes do Norte ao Sul do Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, o país registrou mais de 22,2 mil internações e, em média, 585 casos de amputações do órgão por ano. Entre os anos de 2014 e 2023, mais de 4.500 pessoas faleceram em decorrência desse tumor.

PREVENÇÃO É O CAMINHO

A vacinação contra o HPV é uma ferramenta crucial na prevenção. “A vacina é segura e altamente eficaz na prevenção dos tipos de HPV que mais frequentemente causam o câncer de pênis. É vital que tanto homens quanto mulheres, especialmente na fase da pré-adolescência, entre 9 e 14 anos, sejam vacinados. Isso não só reduz a incidência de câncer, mas também contribui para a saúde sexual geral da população”, destacou.

Com a vacinação e o aumento da conscientização, podemos transformar a realidade do câncer de pênis no Brasil. A informação é a primeira linha de defesa contra um inimigo silencioso e muitas vezes esquecido.

DE OLHO NO SINTOMAS

Além da vacinação, Dr. Antunes chama a atenção para a importância do autoexame e da consulta com urologista regularmente. “Os homens muitas vezes não costumam discutir questões relacionadas à saúde genital. Contudo, mudanças no pênis, como lesões ou verrugas, não devem ser ignoradas. A detecção precoce é fundamental para tratamentos eficazes”, explicou.

Apesar do estigma e do preconceito que cercam o câncer de pênis, a abertura para um diálogo sobre saúde sexual é essencial. “Conscientizar homens e suas parceiras sobre os riscos do HPV e da importância da prevenção deve ser uma prioridade. Não temos que ter medo de falar sobre isso; é uma questão de saúde pública”, concluiu Dr. Antunes.

Foto: Divulgação

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